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Avaliação: Superação da Lógica Classificatória e Excludente - do “é proibido reprovar” ao é preciso garantir a aprendizagem
Editora: LIBERTADBusque mais livros desta editora
Autor: Celso dos Santos VasconcellosBusque mais livros deste autor

Código: 85-85819-06-5

 

Avaliação: Superação da Lógica Classificatória e Excludente - do “é proibido reprovar” ao é preciso garantir a aprendizagem

Muitas vezes, diante das dificuldades no trabalho cotidiano e das contradições apontadas na avaliação, pode parecer que o mais importante é buscar logo uma mudança da prática dos educadores. Neste sentido, refletir sobre as distorções da avaliação seria perda de tempo, já que deveríamos é nos preocupar com novas práticas. Embora mudar a prática seja decisivo —visto que o que pode mudar o real são as ações e não as ideias por si—, a análise mais atenta dos processos de mudança tem revelado que o problema central não é tanto mudar a prática, mas transformar a realidade, o que significa dizer que não é qualquer mudança que nos interessa. 

Se o problema fosse simplesmente ter uma teoria nova de avaliação, estaria mais do que resolvido. O que devemos investigar é: por que, embora tendo uma nova teoria e até boa vontade, não estamos conseguindo mudar substancialmente a prática, na direção de um projeto emancipador? Aqui entra todo o campo das representações, mitos, valores, preconceitos, sentimentos, etc. 

Devemos reconhecer que transformar a realidade é um tanto mais complexo do que parece à primeira visada de um olhar ingênuo ou voluntarista. Insistimos: não é qualquer mudança que interessa;
temos constatado alterações na prática que não superam o problema fundamental da avaliação, por não estarem vinculadas a um novo projeto educacional (e social). O que está em jogo é, sobretudo, uma mudança de prática que venha acompanhada de uma mudança de concepção, em que o professor tenha uma autêntica práxis transformadora, e não uma prática diferente, contudo marcada por um caráter superficial, mimético. Nesta medida, torna-se relevante retomarmos aquilo que já está enraizado quanto à avaliação, visto que, para avançarmos, o desafio não é simplesmente construir novas concepções e práticas, mas desconstruir as enraizadas (no sujeito e nas estruturas), no caso, classificatórias e excludentes.


 


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